PROJETO DE RECOMENDAÇÃO DA ESCOLA


Escola Secundária André de Gouveia, Évora


Exposição de motivos
Vários fenómenos sociais vividos na escola têm repercussões na saúde de crianças, jovens e adultos envolvidos, e necessitam de acompanhamento e intervenção. Tendo em conta as estatísticas, a saúde mental, à luz da evidência científica atual, surge como área prioritária de intervenção em meio escolar. As instituições da área da saúde surgem, assim, como um parceiro fundamental da escola devendo por isso existir nas mesmas, equipas multidisciplinares de promoção e intervenção em saúde mental. A criação de um plano específico para as escolas permitiria formar assistentes operacionais e docentes nesta área, atuando de forma preventiva logo no pré-escolar. A operacionalização deste modelo implica vontade política e apoio dos gestores dos setores da saúde e da educação, sendo fundamental a existência de parcerias com uma compreensão comum, esta temática trabalhada no âmbito da prevenção a longo prazo ficará menos dispendiosa que um investimento efetuado para a atenuação destes problemas. A crescente urbanização trouxe ganhos e perdas para os seus habitantes e para a saúde, em especial para a saúde mental. A vida na cidade oferece oportunidades de emprego e infraestruturas sociais e culturais contudo, expõe a população a inúmeros problemas como a distribuição desigual dos equipamentos e serviços públicos, das áreas verdes e de lazer, o excesso de trânsito, poluição sonora e atmosférica, falta de habitação, especulação imobiliária, a insuficiente e ineficiente cobertura dos meios de transporte coletivo, são problemas que comprovadamente contribuem para deteriorar a saúde das pessoas, nomeadamente a saúde mental. A forma como se organizam os espaços em que vivemos, habitações, locais de trabalho e, de uma forma mais abrangente, as cidades, tem um impacto profundo na nossa saúde mental. A pandemia tornou ainda mais evidente a importância das condições de habitabilidade e da organização das cidades para o risco de desenvolvimento de uma doença a esse nível, contudo ainda não lhe foi dada a devida importância. Precisamos de cidades que sejam planeadas como espaços de saúde, conforto e lazer em vez de locais de poluição, desorganização, agressividade e isolamento. O Serviço Nacional de Saúde considera que as perturbações mentais mais comuns, depressão e perturbação de ansiedade, em Portugal, são uma das principais causas de incapacidade para a atividade produtiva, expressa, por exemplo, pelo elevado número de baixas e de reformas para a atividade profissional. O stress crónico é uma das possíveis consequências de um ambiente de trabalho que põe em risco a saúde mental dos trabalhadores assim, é importante que existam por parte das empresas ações que possibilitem a gestão do stress, assim como oportunidades para flexibilizar a pressão exercida sobre os empregados. Precisamos que as empresas tenham políticas promotoras de saúde mental sendo urgente a existência de investimento na prevenção e reabilitação dos trabalhadores maximizando a sua produtividade


Medidas Propostas
  1. Criação de um Plano de Saúde Mental específico em meio educativo.
  2. Planos urbanísticos elaborados em articulação e de acordo com estudos e pareceres de profissionais na área da saúde mental.
  3. Elaboração de um plano de promoção da saúde mental em contexto laboral.