Exposição de motivos

Não é surpresa nem espanto para ninguém que a adolescência cria algumas dúvidas e problemas que podem afetar a saúde mental de um jovem.
Acresce que a pandemia e o isolamento afetaram em demasia a capacidade de comunicação dos adolescentes, fazendo com que estes guardassem para si mesmos os problemas, aumentando o número de suicídios, automutilações e até os problemas psicológicos como a ansiedade e a depressão.
Para além de ficar fechada em casa, a sociedade ficou muito ligada às tecnologias, espalhando o bem, mas, principalmente, o mal, pois criou pressão, ideais rígidos de beleza e de vida, inveja, ciúmes, entre muitas outras angústias nas mentes dos adolescentes.
A base do bem-estar passa, especialmente, pelo conhecimento e técnicas que temos para prevenir algumas angústias. Assim, a nossa primeira medida seria a implementação de palestras destinadas aos alunos, professores e educadores informais, contendo o intuito de conseguir ensinar a gestão das emoções, para que não se tornem sentimentos negativos na vida deles e abordar, especificamente, o distinto leque da saúde mental. Quanto aos professores, o objetivo é sensibilizá-los relativamente a este tema para facilitar a comunicação e confiança entre o docente e o estudante. Já nos educadores informais, o grande ponto seria transmitir alguns conselhos que pudessem ajudar na melhoria da educação do educando. Pretende-se que estas sessões sejam em diferentes horários para os determinados grupos referidos.
A nossa segunda medida pretende evitar a ansiedade, nervosismo e pressão nos jovens. Com esta medida pretendemos equilibrar a marcação dos testes, logo, no mínimo, termos dois dias livres de qualquer tipo de avaliação. Temos como segundo objetivo substituir as duas avaliações, normalmente realizados no período por questões-aula/minifichas semanais. Estas poderão ser realizadas após um determinado conteúdo ter sido lecionado. Desta forma, incentivaríamos os alunos a estarem mais atentos às aulas e a estudarem diariamente ficando com outra preparação para a faculdade e o futuro. Em terceiro lugar, gostaríamos de fazer com que os critérios de avaliação se foquem mais na participação e em trabalhos práticos. Através destas alternativas de compensação de nota, pretendemos ajudar os mais tímidos a tomar uma postura diferente e mais inclusiva.
Como terceira medida, gostaríamos de criar e divulgar um clube de psicologia onde os alunos pudessem desabafar entre si, não obrigatoriamente em grupo, pois é suposto todos poderem participar e, como é óbvio, queremos prevenir certos problemas, como divulgações sobre os diálogos para fora do clube. Acrescentando, também terão um “assistente emocional” que seria um aluno que tivesse conhecimentos na área da psicologia para lhes ser mais fácil desabafarem, na medida em que, muitos jovens conseguem falar melhor com alguém uns anos mais velho do que com algum adulto.

Medidas Propostas

1. Implementação de palestras destinadas aos alunos, professores e educadores informais, abordando todo o leque da saúde mental.
2. Gerir melhor o peso da avaliação, nomeadamente, os testes.
3. Criação e divulgação de um clube de psicologia, acompanhado de um “assistente emocional”.