Exposição de motivos

Segundo os dados da OMS, Portugal em 2016 ficou em 5º lugar da UE dos países que mais sofrem de depressão e ansiedade, 2 anos depois continuava na mesma posição, e em 2020/2021 Portugal foi o 2º país do mundo com mais consumo de antidepressivos. Desde 2015 o seu consumo aumentou 47% e foi o 4º maior crescimento.
De acordo com o relatório Health at a Glance , da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), 18,4% da população portuguesa sofre de doenças mentais, onde se inclui ansiedade, depressão ou problemas com o consumo de álcool e drogas.
Um estudo efetuado pela Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, divulgado em 2022, indica que os sintomas de depressão nos adolescentes voltaram a aumentar após a pandemia, afetando 42% dos inquiridos a nível nacional.
Existem adolescentes com problemas de saúde mental que não se sentem à vontade para falar com os pais.
Muitos pais não têm tempo para os ouvir devido ao excesso de trabalho.
Alguns pais não valorizam os problemas relacionados com a saúde mental.
Os alunos guardam para si os problemas e mais tarde podem piorar.

Medidas Propostas

1. Existência de uma “Caixa de Sentimentos” onde os alunos podem colocar dúvidas ou expor de forma anónima, se assim o desejarem, os seus problemas de saúde mental. Estes poderão ser abordados pela psicóloga escolar ou através de um “placard” onde serão dadas propostas para resolução dos problemas.
2. Realizar sessões com especialistas dirigidas aos encarregados de educação sobre saúde mental e os problemas com eles relacionados, a partir do pré-escolar.
3. Existir uma maior rentabilização do tempo da Educação para a Saúde (PES), para ações de sensibilização e de promoção da saúde mental, na escola e, nomeadamente, na disciplina de Cidadania e Desenvolvimento.