PROJETO DE RECOMENDAÇÃO DA ESCOLA


EB1,2,3/JI/S/EA Tomás de Borba


Exposição de motivos
Detetar um problema de saúde mental é difícil, mas torna-se ainda mais complicado na juventude, porque os jovens têm a tendência a ser mais fechados, devido à pressão social. Ter um núcleo saudável de amigos e uma família coesa são fatores que ajudam a manter uma boa saúde mental. A deteção precoce de muitos casos, por vezes, não é fácil uma vez que a maioria dos casos podem passar despercebidos e, ao serem detetados tardiamente, podem levar a consequências graves com implicações ao longo da vida. A demora na implementação de respostas pode desencadear perturbações mentais nas nossas crianças e jovens, e como tal emerge a necessidade de tomar medidas, com urgência, de combate aos problemas de saúde mental. O objetivo das nossas três medidas tem como fundamento base a normalização do pedido de ajuda e dos problemas relacionados com a saúde mental, desde a instrução à saúde mental, até aos grupos de partilha de sentimentos. É fundamental informar e sensibilizar a sociedade, e a escola pouco tem feito para que ocorra essa sensibilização e a desconstrução de estigmas associados aos transtornos mentais. O ensino pode e deve ter um papel fundamental nessa passagem de informação fundamental à vida de todos os jovens, pois, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), é urgente promover a literacia no domínio da saúde mental como uma das principais ferramentas de combate ao estigma associado às doenças mentais. Citando Sandra Cunha, socióloga e professora universitária, “Uma sociedade informada é uma sociedade menos discriminadora”.


Medidas Propostas
  1. Instruir os alunos desde o Ensino Primário sobre as emoções e os percalços que estas podem trazer. Em aulas destinadas à evolução pessoal e social dos alunos, a existência de intervenções psicológicas individuais, não voluntárias, para normalizar o pedido de ajuda, caso este exista.
  2. Promover a inteligência emocional através de palestras com profissionais especializados, nomeadamente, divulgando e dinamizando “Janeiro Branco”, que é o mês da saúde mental, e realizar, semestralmente, questionários com o objetivo de analisar a evolução da comunidade escolar.
  3. Criar grupos de discussão e partilha com alunos, profissionais de saúde e pessoas que vivenciaram problemas de saúde mental, com o objetivo de sensibilizar a comunidade escolar para problemas relacionados com a saúde mental, dando a oportunidade de os jovens expressarem os seus problemas/experiências, facilitando, assim, o desenvolvimento de técnicas para ultrapassar os obstáculos.