PROJETO DE RECOMENDAÇÃO DA ESCOLA


Escola Básica de Souselo, Cinfães


Exposição de motivos
A saúde mental inclui nosso bem-estar emocional, psicológico e social. Afeta como pensamos, sentimos e agimos. Também ajuda a determinar como lidamos com o stress, nos relacionamos com os outros e fazemos as nossas escolhas. A saúde mental é importante em todas as fases da vida, desde a infância e adolescência até a idade adulta. A OMS(Organização Mundial de Saúde) destaca a necessidade urgente de transformar a saúde mental e a atenção que é dada pelos países a este assunto. Nesse sentido, e dentro do tema lançado a debate este ano na iniciativa Parlamento dos jovens, decidimos trabalhar este assunto na nossa escola lançando a discussão sobre este problema e apresentando algumas medidas para o combater. Em 2019, segundo dados da OMS, quase um bilhão de pessoas – incluindo 14% dos adolescentes do mundo – viviam com algum tipo de transtorno mental. O suicídio foi responsável por mais de uma em cada 100 mortes e 58% dos suicídios ocorreram antes dos 50 anos de idade. Pessoas com condições graves de saúde mental morrem em média 10 a 20 anos mais cedo do que a população em geral, principalmente devido a doenças físicas evitáveis. A depressão e a ansiedade aumentaram mais de 25% apenas no primeiro ano da pandemia. Torna-se necessário aprofundar o valor e o compromisso que damos à saúde mental, quer através do investimento pelo nosso governo em saúde mental, numa tentativa de procura de políticas e estabelecendo sistemas robustos de reflexão, monitorização e de acompanhamento. É com base nesta ideia que apresentamos as nossas medidas que apostam numa reflexão para o problema no percurso escolar integrado na escolaridade obrigatória, criando espaços de discussão junto das crianças e jovens com a oferta da área/disciplina de “Inteligência emocional”, onde se abordem conteúdos de aprendizagem social e emocional, contando, sempre que possível, com o acompanhamento e monitorização deste processo através da criação da figura do “Psicólogo de Família” tal como propomos com a nossa segunda medida. Com a criação do Psicólogo de Família queremos contribuir para a robustez do sistema de saúde procurando construir redes de redes comunitárias de serviços interligados que se possam aproximar das populações criando uma espécie de serviços comunitários de saúde mental. As escolas como espaços privilegiados de aprendizagem assumem aqui um papel importantíssimo em todo este processo, devendo as entidades que tem a sua tutela, criar melhores condições para que crianças e jovens possam encontrar espaços acolhedores e de convívio saudáveis em meio escolar, daí a nossa proposta na terceira medida.


Medidas Propostas
  1. 1. Criação de uma disciplina semanal de Inteligência Emocional, desde o pré-escolar até ao final da escolaridade obrigatória, com a colaboração da figura do psicólogo familiar.
  2. 2. Criação da figura do “Psicólogo Familiar” no Sistema Nacional de Saúde.
  3. 3. Criação de espaços acolhedores de convívio nas escolas, onde os alunos possam desenvolver atividades lúdicas.