PROJETO DE RECOMENDAÇÃO DA ESCOLA


Escola Básica Frei Bartolomeu dos Mártires, Viana do Castelo


Exposição de motivos
Constatamos que, muitos jovens sofrem, atualmente, de problemas criados na própria família: é-lhes exigida competitividade, os pais trabalham não lhes dando o devido acompanhamento. Por outro lado, os jovens precisam de mais tempo para desportos ao ar livre, mais tempos livres e
menor carga de avaliações. Durante a pandemia, os jovens ficaram muito tempo em casa e isso prejudicou-os. Daí a importância de debater este tema na fase pós-pandemia. A primeira medida tem como objetivo melhorar o acompanhamento dos alunos, implementando medidas ao nível de cada escola/agrupamento. Atualmente, não há limite para as avaliações formais e muito do stress dos alunos deve-se ao número exagerado destas avaliações. Para além disso, é bastante claro na comunidade escolar que o número de psicólogos por escola é muito inferior ao necessário. A nossa proposta pretende melhorar estas falhas no sistema educativo. A segunda medida surgiu da experiência, no Agrupamento onde este projeto abrange todos os alunos de todos os anos de escolaridade com um sucesso amplamente reconhecido. Propomos que
este projeto seja mais amplo e aborde outros temas, também importantes para os jovens. A medida também inclui mais tempo ao ar livre, diminuindo o tempo de aulas teóricas, uma vez que a maioria dos jovens passa a maior parte do seu dia sentado numa sala de aula. A terceira medida pretende informar a comunidade escolar, que ficará mais alerta para quaisquer tipos de comportamento de risco, passando a saber como reagir caso um aluno tenha algum tipo de ataque (pânico, ansiedade) e fazendo com que os jovens se sintam mais seguros.


Medidas Propostas
  1. Criação de uma “Comissão de Desenvolvimento Social e Pessoal” composta por um médico do Hospital/Centro de Saúde, por um psicólogo, um representante dos EE, um representante dos alunos, um professor e um membro da direção. Esta Comissão reunir-se-ia mensalmente, realizaria inquéritos ao longo do ano visando a saúde mental, apresentaria, ao conselho pedagógico, sugestões relativamente à contratação de mais psicólogos e à quantidade e ao peso das avaliações formais e dos trabalhos de casa.
  2. Expansão do projeto “Plano de desenvolvimento pessoal, social e comunitário” (PDPSC), que passaria a englobar todos os alunos de todos os agrupamentos, focando-se no autoconhecimento, na autoestima dos alunos, na melhoria da saúde mental e desenvolvimento integral. Nestas sessões quinzenais de 90 minutos, haveria também musicoterapia. Estes 90 minutos, fariam parte do horário escolar de todos os alunos, reduzindo o tempo de outras disciplinas e privilegiando atividades ao ar livre.
  3. Criação de uma formação nas escolas que vise informar sobre a saúde mental nos jovens. Os encarregados de educação seriam sensibilizados para frequentar estas formações na primeira reunião com o DT acompanhado por um psicólogo. Estas seriam obrigatórias para os professores e funcionários, antes do início do período letivo. O número de sessões será definido por cada psicólogo da escola encarregue de decidir ainda a temática abordada em cada sessão.