PROJETO DE RECOMENDAÇÃO DA ESCOLA


Agrupamento de Escolas Cidade do Entroncamento


Exposição de motivos
Nos últimos anos o consumo de antidepressivos duplicou em Portugal. A taxa de incidência da depressão em Portugal é a segunda mais elevada da Europa. São diagnosticados por ano 400.000 casos.
Ainda não é dada a importância devida à Saúde Mental, no que diz respeito ao investimento e concretização, terá impacto numa grande diversidade de patologias físicas e/ou mentais, reduzindo a qualidade de vida das pessoas, trazendo um custo suplementar
Para agravar este cenário, a pandemia de COVID-19 originou problemas de saúde mental da população. A ameaça do desemprego, a perda de rendimentos, bem como o stress e ansiedade provocados pela deterioração das condições de vida, passaram a estar presentes no dia-a-dia de muitas famílias. Houve cidadãos que perderam familiares e amigos e não puderam cumprir os habituais rituais de luto. O excesso de informação contraditória e a incerteza sobre a doença vieram agravar o medo e a ansiedade e desencadearam um aumento de doenças do foro psíquico e psicológico.
Torna-se pois urgente e fundamental intervir nesta área, pois é expectável que continue a aumentar o sofrimento mental. Quem já tinha uma predisposição para sintomas de fobia social, paranoia, ansiedades, hipocondria, vê a sua angústia escalar para níveis alarmantes e difíceis de controlar, e sem apoio especializado.
A sociedade civil está sensível a esta necessidade de intervenção porque todos, de alguma forma, foram afetados por estas mudanças provocadas pela Covid-19. Infelizmente, as repercussões na saúde mental ainda vão continuar a fazer sentir-se, pelo que é urgente uma intervenção célere e atempada, de forma a ajudar as pessoas mais fragilizadas a encontrar soluções. Se não se definir a saúde mental como uma prioridade, vai ser mais difícil criar condições para que os mais vulneráveis consigam ultrapassar as dificuldades económicas e sociais.


Medidas Propostas
  1. Implementar o tema “Saúde Mental” na disciplina de Cidadania e Desenvolvimento integrando programas/projetos a serem realizados nas escolas sobre a saúde mental.
  2. Intervenções especializadas nos casos mais vulneráveis: para o risco de suicídios, violência, drogas e abuso sexual (diagnóstico realizado nas escolas a partir, por ex. de uma recolha anónima de situações).
  3. Apoiar os jovens nas escolas promovendo ambientes seguros e positivos; solicitar aos serviços de psicologia escolar e associações especializadas em saúde mental a disponibilização de tempos semanais para fazer sessões de psicologia em grupo para promover competências sócio-emocionais.