Exposição de motivos

Ao longo da vida, todos nós podemos ser afetados por um problema de saúde mental, de maior ou menor gravidade. O surto pandémico de Covid-19 levou-nos a viver períodos de isolamento prolongado e contribuiu para que muitos de nós, jovens, tivessem experienciado problemas de saúde mental. Nesse sentido, urge que se atue e que se concebam medidas eficazes para ajudar os jovens que precisam de apoio. É fundamental que se criem mais gabinetes com psicólogos, dentro e fora das escolas (nos centros de saúde, por exemplo), uma vez que estes profissionais podem ajudar os jovens que deles necessitem, quer aqueles que os procuram por sua iniciativa, quer os que têm mais dificuldade em pedir ajuda. Trata-se de normalizar a presença dos psicólogos e combater o estigma que ainda existe acerca de quem precisa deste apoio, tornando-o mais célere e mais próximo.
Além disso, é fundamental que se permita que todos os jovens possam recorrer a apoio psicológico e que tal não lhes seja barrado pela indisponibilidade dos poucos psicólogos que trabalham nas escolas e nos centros de saúde ou pela sua condição financeira. Devem criar-se condições para que nenhum jovem que enfrente problemas relacionados com a sua saúde mental fique excluído. Neste âmbito, deveria ser criado um Cheque-Apoio Psicológico, o qual poderia ser requerido, sempre que necessário, pelo jovem ou pela sua família.
Nas Escolas, a intervenção deverá passar por promover atividades práticas, que poderão ter lugar nas aulas de Cidadania e Desenvolvimento, por exemplo, com intenção de desenvolver aprendizagens socioemocionais eficazes e que, cumulativamente, promovam a saúde mental e combatam os problemas que lhe dão origem, tais como o bullying, a ansiedade e as dependências. As palestras a que todos nós já assistimos não são suficientes, é crucial que se realizem atividades significativas que nos permitam pôr-nos no lugar de quem sofre e precisa de apoio.

Medidas Propostas

1. Criar mais gabinetes com psicólogos, dentro e fora das escolas (nos centros de saúde, por exemplo), os quais possam receber os alunos que necessitem de recorrer a apoio psicológico.
2. Criar um apoio económico para permitir aos jovens receber apoio psicológico, o Cheque-Apoio Psicológico, sendo que o mesmo deveria ser disponibilizado sempre que os jovens necessitassem.
3. Promover atividades práticas, em contexto escolar (nas aulas de Cidadania e Desenvolvimento, por exemplo), que promovam a saúde mental e combatam os problemas que lhe dão origem, tais como o bullying, a ansiedade e as dependências.