PROJETO DE RECOMENDAÇÃO DA ESCOLA


Agrupamento de Escolas de D. António Taipa, Freamunde, Paços de Ferreira


Exposição de motivos
Prometemos “amar e cuidar na saúde e na doença”, mas nem sempre isso acontece. Infelizmente a saúde mental não faz parte da definição de saúde para a maioria dos portugueses e, por isso, quando nós começamos a sentir os vários sintomas relativos a doenças mentais, que muitas vezes por vergonha ou com medo de ser marginalizados, tendemos a esconder e a fingir que “está tudo bem”. Sabendo nós que não está nada bem e por consequência essa atuação só perpetua a nossa dor. Há muitas pessoas a sofrerem em Portugal e a maioria em silêncio. Diariamente, 3 pessoas no nosso país põem termo à sua própria vida, sendo o suicídio a segunda maior causa de morte entre os jovens.
Se celebramos sempre que há o mais pequeno avanço na procura da cura de doenças como o cancro ou o Alzheimer, porque é que insistimos em descurar o tratamento das doenças psiquiátricas? Portugal é o segundo país com mais prevalência deste tipo de doenças na Europa, sendo que cerca de 22.9% da população sofre de alguma perturbação mental ou comportamental. Ou seja, numa turma de 30 alunos, cerca de 7 estão a sofrer. Desta forma, acreditamos que a aposta na prevenção, no diagnóstico e na desmistificação destas doenças tão sombrias é essencial. Defendemos ainda que a educação é fundamental para atingirmos estes objetivos.
Apresentadas algumas medidas cuja implementação é fundamental para uma sociedade livre de preconceitos sobre as doenças do foro psicológico.
Achamos que seria fundamental que no currículo da formação de base dos professores existisse formação voltada para a deteção das doenças do foro psicológico, pois estes profissionais passam muito tempo com crianças e jovens e são sem dúvida o veículo privilegiado para a deteção destes problemas e o encaminhamento para os profissionais do Serviço de Psicologia e Orientação. Estaríamos, assim, a permitir que mais situações fossem detetadas precocemente.
Por outro lado, consideramos que desmistificar o tema é fundamental e assim, consideramos que seria importante, que tal como temos meses comemorativos de outras problemáticas da saúde (cancro, autismo...) poderíamos criar um mês onde a saúde mental fosse o tema central, permitindo, assim, a realização de inúmeras atividades, em escolas, nos municípios, em instituições locais… sobre o tema. Essas iniciativas poderiam passar por palestras, campanhas de sensibilização, peditórios, venda de artigos alusivos, com o intuito de investir o dinheiro angariado no tratamento destas problemáticas.
Por fim a ajuda governamental a instituições e linhas de apoio, voltadas para a saúde mental. Desta maneira, instituições e linhas de apoio teriam mais meios para fazerem um trabalho mais intensivo e que abrangeria mais cidadãos.


Medidas Propostas
  1. • Integração nos currículos dos professores uma formação alusiva às doenças mentais, em particular na infância e adolescência (devido à importância do diagnóstico).
  2. Dar visibilidade às doenças mentais, através da implementação do “Janeiro Branco”.
  3. Ajuda governamental a instituições e linhas de apoio, voltadas para a saúde mental.