PROJETO DE RECOMENDAÇÃO DA ESCOLA


Escola Básica da Ponte, Vila das Aves, Santo Tirso


Exposição de motivos
A nossa primeira proposta passa pela criação de grupos de apoio nas escolas. Estes grupos de apoio têm como objetivo permitir que os jovens partilhem os seus problemas, devendo o psicólogo escolar fazer a moderação destes grupos. Acreditamos que os jovens se sentirão mais confortáveis em partilhar as suas dificuldades junto de colegas da mesma idade que passam pelos mesmos problemas. Assim, poderia-se criar um sentido mais aprofundado de comunidade em que todos beneficiam das experiências uns dos outros. A moderação destes momentos deveria ficar a cargo do psicólogo escolar, que o acompanha os grupos e dá orientação psicológica. Neste momentos seriam também convidadas pessoas que superaram problemas de saúde mental, para partilharem as suas histórias de superação. Acreditamos que a possibilidade de contactar com pessoas que passaram por situações semelhantes e conseguiram superar as dificuldades seria uma forma muito positiva e eficaz de contribuir para a melhoria da saúde mental dos jovens.

A nossa segunda proposta passa por disponibilizar acesso gratuito a acompanhamento psicológico na escola, mas também em entidades externas como a Cruz Vermelha e centros de saúde, de forma a garantir que todos os jovens têm acesso a acompanhamento psicológico gratuito. Acreditamos que o fator financeiro é ainda um significativo entrave a que os jovens procurem ajuda na resolução dos seus problemas psicológicos. Apesar da importância fundamental dos serviços de psicologia escolar, a realidade tem vindo a demonstrar que a ajuda disponibilizada é escassa para as significativas necessidades manifestadas pelos jovens. Assim, consideramos fundamental aumentar os serviços de acompanhamento psicológico, podendo para tal recorrer também a entidades do meio local. Estes apoios deverão ser amplamente divulgados quer em ambiente escolar, quer na comunidade envolvente.

A nossa terceira proposta passa pela formação de docentes e não docentes na área da saúde mental. Consideramos crucial disponibilizar formação aos professores e funcionários das escolas para que estes possam identificar e ajudar alunos com distúrbios mentais. As doenças mentais, como todas as outras, devem ser evitadas ou tratadas o mais precocemente possível. O meio escolar, onde os jovens passam a maior parte do seu dia, é o ambiente mais propício para que as suas fragilidades ao nível da saúde mental sejam precocemente detectadas, sendo para isso fulcral que os docentes e não docentes estejam devidamente preparados para esse efeito. Além disso, consideramos que esta formação de docentes e não docentes poderia contribuir para novas abordagens e estratégias de lidar com os alunos, nomeadamente, na área do comportamento, da gestão de conflitos, no coaching, mindfulness, meditação, entre outros, que já tem evidências sólidas que podem contribuir de forma positiva para o desenvolvimento mental saudável dos jovens.


Medidas Propostas
  1. Grupos de apoio nas escolas: grupos de partilha entre jovens, moderados pelo psicólogo escolar;
  2. Garantir acesso gratuito e regular a acompanhamento psicológico para os jovens;
  3. Formação de docentes e não docentes na área da saúde mental.