PROJETO DE RECOMENDAÇÃO DA ESCOLA


Escola Secundária Dr. António Carvalho Figueiredo, Loures


Exposição de motivos
A saúde mental é um tema que, na nossa sociedade não é encarado com a devida seriedade, porque ainda existe um estigma e uma desvalorização.. Ainda assim, no nosso quotidiano, contactamos, recorrentemente, com notícias sobre este tema, seja pelo Serviço Nacional de Saúde não cobrir as necessidades da população quer pela existência de poucos técnicos especializados, como psicólogos, nas escolas portuguesas. A Escola é a instituição onde muitos jovens passam grande parte do seu tempo. Na nossa escola, não queremos que os jovens adolescentes sintam que a sua saúde mental pode estar em risco. Muitos jovens encontram-se sobrecarregados com a vida escolar, para além da sua vida privada, demonstrando, por vezes, dificuldades em conseguir gerir as suas emoções, expectativas e atitudes. Estas dificuldades devem-se, por um lado, à não existência de um conhecimento de estratégias mentais para lhes fazer face; por outro lado, não existe um momento de reflexão e abertura para falar sobre os seus problemas, seja em casa, seja na escola. Preservar a saúde mental significa sentirmo-nos bem connosco para, assim, sermos capazes de lidar com as diversas situações e/ou problemas quotidianos de uma maneira mais positiva e equilibrada – só assim conseguiremos ter autoconfiança, sem temer o futuro. Ao candidatarmo-nos ao «Parlamento dos Jovens» pelo Ensino Básico, temos como iniciativa motivar todos os jovens estudantes para as questões relacionadas com a saúde mental, nomeadamente no que concerne aos problemas em relação à autoconfiança e à confiança nos outros.


Medidas Propostas
  1. ESPAÇOS PARA DESABAFAR: Defendemos que as escolas deverão disponibilizar um espaço para que os estudantes possam desabafar, sentindo-se ouvidos e apoiados. Estes espaços poderiam ser monitorizados por técnicos especializados em ciências da educação ou em terapia, ou ainda, em psicologia. Objetivamente, estes espaços proporcionariam actividade de autoconhecimento e de gestão emocional de situações stressantes.
  2. PROMOÇÃO DE ATIVIDADES DE INTERAÇÃO SOCIAL: As escolas deveriam estabelecer, no âmbito da sua autonomia, uma reorganização curricular que contemplasse as disciplinas teóricas no período da manhã e as disciplinas artísticas e desportivas no período da tarde. No que respeita à componente física e artística, os estudantes poderiam selecionar entre três a quatro áreas, de acordo com os seus interesses (a dança, a olaria, a patinagem e o futebol, entre outras), percebendo-se como sujeitos ativos na escolha de parte do currículo.
  3. PROMOÇÃO DA REALIZAÇÃO DE VISITAS DE ESTUDO: Defendemos que deveriam ser promovidas mais visitas de estudo, para que os jovens pudessem aprender, num contexto diferente, de uma forma mais lúdica. Para tal, propomos que o Ministério da Cultura e o Ministério da Educação, em articulação, devessem assegurar as entradas de forma gratuita nos museus e noutros espaços culturais.