Exposição de motivos

Todos sabemos que os nossos horários estão sobrecarregados com programas, conteúdos e tarefas das várias disciplinas. Assim, propomos a redução de um tempo nas disciplinas com mais horas semanais e a sua substituição por um espaço e/ou disciplina em que os alunos e as alunas tenham oportunidade de desenvolver competências pessoais e sociais, com a implementação de estratégias que ajudem os adolescentes a descobrir as suas capacidades, a motivar para a aprendizagem e a ultrapassar os problemas e desafios da vida do dia-a-dia.
A saúde mental é, sem dúvida, fundamental para o nosso bem-estar, para gostarmos de nós próprios, para termos confiança nas nossas capacidades, para nos sentirmos realizados e não termos medo do futuro. O apoio da família é fundamental para ajudar as crianças e os jovens a crescerem com regras, em harmonia e com respeito por si próprios e pelos outros. Muitas famílias não sabem ou não conseguem dar esse apoio.
Apesar de muitas escolas já implementarem programas e atividades que podem ajudar na saúde mental das crianças e jovens, achamos que ainda não são suficientes. Testes psicológicos, técnicas de concentração e de meditação, por exemplo, deveriam ser uma prática frequente.
A nível comunitário, as associações, os centros de saúde, as juntas de freguesia e as câmaras municipais poderiam, também, por exemplo, promover programas e realizar projetos apelativos que pudessem envolver os jovens e os ajudassem a prevenir e a proteger a sua saúde mental.
O suicídio é a principal causa de morte em crianças e jovens em Portugal e o que está na sua origem é, geralmente, uma doença mental.
A ansiedade, o mal-estar psicológico, o stress continuado, o não conseguir lidar com as adversidades, a dependência de álcool e de outras drogas, a depressão e o suicídio, são problemas que as famílias, os centros de saúde, as escolas e a comunidade em geral, interligados, poderão prevenir e evitar, de modo a contribuirmos todos para uma sociedade mais saudável, ativa e feliz.

Medidas Propostas

1. Reduzir o número de aulas das disciplinas curriculares com mais horas semanais e apostar em áreas para o desenvolvimento da autodescoberta e de competências pessoais e sociais para lidar com os desafios do dia-a-dia.
2. Promover programas de apoio familiar, escolar e comunitário, como prevenção e proteção da saúde mental dos adolescentes e jovens.
3. Trabalhar em projetos que promovam a prevenção do suicídio.