Exposição de motivos

Ainda que o problema das “Fake News” seja conhecido há algum tempo, ainda pouco ou nada se tem feito para o resolver. As primeiras ideias que vêm à nossa cabeça são o controlo da informação que é lançada, ou a imposição de regras às empresas que gerem as redes sociais. No entanto, tais medidas levariam à perda da liberdade de expressão, à discussão da censura, e à possibilidade das empresas que gerem as redes sociais deixarem de atuar em Portugal. A desinformação restringe o conhecimento das pessoas, e pode levá-las a tomar decisões contrárias aos seus pensamentos. Neste sentido, as medidas que propomos têm principalmente em vista a liberdade dos indivíduos, de forma que todos nós possamos combater as “Fake News”, sem nunca sermos alvo de qualquer tipo de censura ou controlo. Primeiramente, propomos a integração do tema das Fake News na disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, enquadrada no âmbito da Educação para a Cidadania . A “formação de um indivíduo autónomo”, um dos ideais desta disciplina, a nosso ver, implica a inclusão deste tema no programa. Nunca foi tão necessário saber distinguir a informação verdadeira da falsa. O uso crescente das redes sociais e dos dispositivos eletrónicos, potenciado pela pandemia, agravou o impacto negativo da desinformação. Assim, consideramos que, a longo prazo, o resultado da nossa proposta seria a formação de alunos que estariam preparados ao se depararem com uma notícia falsa, o que provavelmente irá acontecer milhares de vezes ao longo da sua vida. Em segundo, propomos criação de um programa académico, que aproveite o conhecimento dos estudantes em jornalismo, para o combate às “Fake News”. Esta é uma medida inovadora, mas que seria bastante eficaz. Quem melhor do que estes estudantes para contrariar as Fake News? Estes estudantes têm, por um lado, o conhecimento necessário para identificar as “Fake News” e, por outro, o dever de ajudar a manter a ética jornalística, uma condição necessária para serem respeitados na profissão que querem seguir um dia. Assim, propomos a criação deste programa académico que ajude quer na formação destes estudantes, quer na luta contra a desinformação. O programa teria uma vertente de aprendizagem, e outra prática, onde se poderia provar a veracidade de certas notícias da atualidade, por exemplo. Por último, propomos a criação de um espaço informativo sobre o tema “Fake News” na rádio pública. Porquê a rádio em específico? A rádio é do ponto de vista do consumidor um dos meios de comunicação mais confiável. Não podemos também esquecer que, as rádios, têm uma vasta audiência, que se estende a qualquer hora do dia. Assim, seria importante o tema das “Fake News” ter alguma representatividade neste meio. A criação deste espaço teria como função transmitir aos ouvintes formas de identificar as “Fake News”, ou como as combater e controlar. Também poderia apresentar dados do impacto das “Fake News” na nossa sociedade, como forma de sensibilização sobre este problema.

Medidas Propostas

1. 1Integração do tema das Fake News na disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, enquadrada no âmbito da Educação para a Cidadania.
2. Criação de um programa académico, que aproveite o conhecimento dos estudantes em jornalismo, para o combate às “Fake News”.
3. Criação de um espaço informativo sobre o tema “Fake News” na rádio pública.