PROJETO DE RECOMENDAÇÃO DA ESCOLA


Escola Secundária de Caldas das Taipas, Guimarães


Exposição de motivos
Os jovens são os futuros votantes. Para manter a nossa democracia, é essencial ensinar aos jovens a distinguir a verdade e das fake news, bem como incentivá-los a participar ativamente na nossa democracia. Assim, apelamos à criação de um módulo sobre fake news no currículo de AOE (ens. sec.) e Educação para a Cidadania (ens. Bás.), para que estes possam, autonomamente, fazer esta filtragem noticiária enquanto se envolvem na vida comunitária. O módulo iria fornecer: noções e conceitos sobre o que é a democracia; perceção das metodologias organizadoras nos partidos e na Assembleia da República; dicas para detetar fake news; sites de filtragem de fake news; desenvolver ceticismo/criticismo.
As tecnologias interferem cada vez mais na vida quotidiana. Apesar facilitarem a comunicação e possuírem aspetos positivos para a sociedade, também apresentam aspetos aque temos de estar atentos para não sermos iludidos por notícias falsas. A sua visualização e leitura promove uma recolha de informação inautêntica e gera, por sua vez, a prática de ações irrefletidas como a eleição pouco consciente dos partidos baseada em informação que favorece incorretamente determinada pessoa ou situação.
Assim, consideramos que a criação de um site de fácil acesso com o objetivo de verificar a veracidade das publicações feitas por outras empresas e organizações seria uma medida realizável e eficiente para resolver este problema.
Países como os Estados Unidos e o Brasil já têm sites direcionados exclusivamente para o combate direto às fake news. No entanto, e embora Portugal tenha alguns programas com esta finalidade, não há sites no nosso país com este nível de empenho na luta contra a desinformação.
Propomos a criação de um site onde as pessoas obtenham informações fidedignas e fundamentadas sobre diversos assuntos, principalmente na política. Uma parte do site apontava e denunciava fake news exemplificando-as. É uma estratégia simples e direta de combater o problema e disponível para todos.
A comunidade sénior é a mais afetada pelas fake news, principalmente por ter nascido num tempo em que a internet e as redes sociais não existiam/não estavam enraizadas, pelo que têm dificuldade em navegar nestas plataformas. Assim, devemos sensibilizar e educar estas pessoas para o problema das fake news, ensiná-las a combatê-las. Sabemos que workshops e palestras não têm a eficácia desejada por haver a necessidade das pessoas se deslocarem a algum local de modo a tirar proveito destas atividades. Assim, pretendemos levar a informação às pessoas através d@: transmissão de anúncios informativos que ensinem ferramentas no combate às fake news entre os programas emitidos (por exemplo episódios de telenovelas e jogos de futebol); apelo à realização de programas televisivos como o POLÍGRAFO, mas mais longos e regulares; emissão de programas radiofónicos com o mesmo intuito.


Medidas Propostas
  1. Incluir um módulo obrigatório na disciplina de AOE/Cidadania que incentive a participação democrática e o combate à desinformação na comunidade estudantil.
  2. Criação e divulgação de plataformas digitais para reforçar a transparência dos meios de comunicação através da partilha de informação que combata as fake news.
  3. Combater a desinformação na comunidade sénior através da promoção de programas televisivos e radiofónicos.