PROJETO DE RECOMENDAÇÃO DA ESCOLA
Agrupamento de Escolas de Barcelos
Exposição de motivos
A desinformação tem diversas repercussões nas distintas áreas da atualidade. Assim sendo, adotamos, como primeira medida, a criação de um selo que seja facilmente reconhecido pela população como uma garantia de que as notícias (ou informações) consultadas são, à partida, confiáveis. Este procedimento tornaria a identificação de fake news um processo bastante mais fácil e acessível a todos.Para que tal seja exequível, sugerimos a criação de um órgão regulador que pertença ao Estado. Esta entidade seria responsável pela análise das diversas notícias e pela investigação do historial de cada fonte relativamente à publicação de fake news, assim como a aplicação de multas. Neste sentido, após a verificação dos elementos já mencionados, e caso seja comprovada a eficácia e veracidade da fonte, seria atribuído um selo de credibilidade.
Na tentativa de tornar a atribuição do selo o mais imparcial possível, consideramos pertinente que a avaliação da fonte seja realizada através da submissão de uma candidatura e que seria também renovada anualmente.
Consideramos esta medida uma excelente opção, dado que é de fácil implementação. Este processo não tem por objetivo controlar os media nem interferir na liberdade da imprensa, logo não pode de nenhuma forma ser considerado censura.
A nossa segunda proposta surgiu a partir da visualização da rubrica "Polígrafo “ da SIC cujo sucesso é indiscutível quer pelo modo claro e objetivo como os dados são apresentados, quer pela exemplificação dos seus resultados.
Propomos então, a realização de um segmento televisivo nos mesmos moldes, ou seja, que promova um “fact checking” das notícias do dia, nos restantes canais generalistas. Este segmento seria de curta duração e de periodicidade diária. Seria transmitido na televisão e em horário nobre, porque é a melhor forma de chegar à grande maioria da população que, devido à falta de tempo livre, baseia a sua fonte de informação em notícias sensacionalistas que vão surgindo diariamente nas redes sociais (tal como o Facebook). Seria também interessante incorporar breves dicas e alertas sobre como evitar a disseminação de notícias falsas.
Como terceira medida, e fruto da desinformação no domínio da política (nomeadamente a faixa etária indicada), achamos adequada a instauração do Dia do Conhecimento Político com o intuito de educar e consciencializar os jovens que estão prestes a começar a exercer o seu direito - e dever - de voto. Para a concretização desta ideia seria necessária a presença de indivíduos instruídos na matéria que organizassem atividades, na escola, ao longo do dia, como, por exemplo, palestras.
É de salientar a importância da imparcialidade dos diversos oradores presentes de modo a contrariar a tendência de alguns meios de comunicação social que dão mais visibilidade a determinados partidos, o que acaba por influenciar negativamente a democracia.
Medidas Propostas
- Criar um selo que comprove a eficácia e veracidade de diversos meios de comunicação, por exemplo: se raramente têm fake news, não espalham desinformação, logo são fontes confiáveis; por outro lado, aqueles que partilham recorrentemente fake news e são/ou já foram multados, não teriam a atribuição deste selo. Esta marca de verificação da credibilidade e autenticidade da informação seria reavaliada anualmente, de modo a garantir a sua veracidade e atualidade.
- Implementação de um "polígrafo'' nos meios de comunicação nacionais para promover um fact checking dos assuntos da atualidade. Este segmento televisivo poderia ser introduzido no final de todos os telejornais e com uma periodicidade diária. No desfecho da emissão, poderiam ser dadas breves dicas sobre como evitar disseminação de fake news como, por exemplo: "Não ler só o título das notícias".
- Instaurar o Dia do Conhecimento Político, de modo a educar e a informar os jovens, na faixa etária dos 16 a 18 anos, que estão prestes a começar a exercer o direito de voto.
A ideia seria levar os alunos a participarem em atividades práticas e a assistirem a palestras de natureza política, salientando a imparcialidade dos oradores, visto que certos meios de comunicação social são tendenciosos, denotando apoio a determinados partidos, o que acaba por ter uma influência negativa na democracia.