PROJETO DE RECOMENDAÇÃO DA ESCOLA
Escola Portuguesa Ruy Cinatti
Exposição de motivos
As sociedades no mundo atual estão cada vez mais próximas e tal fator deve-se em grande parte à possibilidade de comunicarem entre si. Aliás, ter e partilhar conhecimento é hoje em dia uma realidade ao alcance de qualquer governo, empresas e indivíduos. A questão coloca-se precisamente na tipologia de informação que é veiculada.Um inquérito realizado pela Eurostat em 2021 indica que 47% dos europeus entre os 16 e 74 anos viu informação falsa ou duvidosa na internet, enquanto apenas 23% verificaram a veracidade do conteúdo. Portugal encontra-se na média europeia, isto é, também apenas 23% dos portugueses procura verificar a informação online.
É presente a preocupação dos organismos europeus e nacionais em desenvolver estratégias para tentar minimizar o fenómeno da desinformação, já que a proliferação de notícias falsas coloca em causa o debate livre e informativo, fundamento das sociedades livres e democráticas , assim como pode também acarretar consequências desastrosas e trágicas para as pessoas individualmente.
Neste sentido, é apresentado o projeto de recomendação da Escola Portuguesa de Díli.
Medidas Propostas
- Reforçar a aposta na formação de recursos humanos ao nível dos profissionais/equipas técnicas que operam na área digital, incrementando uma cultura de conduta ética, assim como promover formação para a população de modo a garantir competências básicas digitais que permitam a educação e sensibilização dos visualizadores, para que aprendam a usar o seu espírito crítico sempre que se depare com informação suspeita na internet.
- Promover incentivos para as empresas ou profissionais individuais que criam programas ou melhoraram os algoritmos existentes na análise e filtragem de conteúdos nas redes sociais com o objetivo de identificar fake news. Esses incentivos passam pela criação de prémios de boas práticas, acesso a formação gratuita e integração numa bolsa de empresas reconhecidas que prestam serviço de ‘fact checking’ (verificação de factos).
- Incentivar a cooperação de organizações privadas que monitorizam as fakenews com organismos públicos, através do estabelecimento de consórcios a nível nacional, valorizando as suas atividades através de organismos de interface, tais como clusters e laboratórios colaborativos.