PROJETO DE RECOMENDAÇÃO DA ESCOLA
Escola Secundária de Santa Comba Dão
Exposição de motivos
As fake news são notícias falsas divulgadas com a intenção de influenciar decisões, provocar (a) revolta, denegrir pessoas e/ou instituições e obter vantagens financeiras, políticas e outras. Este tipo de notícia é escrito e publicado, muitas vezes, com manchetes exageradas, ou evidentemente falsas, para chamar a atenção do público.As fake news abordam temas atuais. Por esta razão, quem lê este tipo de notícia é levado a acreditar no que está escrito, especialmente se não tiver uma posição formada acerca de determinado assunto. O sentimento de que as outras pessoas também precisam de saber algo do que foi lido induz à sua rápida divulgação, que é feita sem ser confirmada a veracidade da notícia. As fake news podem ser divididas em diferentes tipos, como: sátira ou paródia; falsa conexão; conteúdo enganoso; contexto falso; conteúdo impostor; conteúdo manipulado e conteúdo fabricado.
A desinformação tem vindo a ganhar destaque na sociedade atual, principalmente por causa da adoção de novas tecnologias, que agilizam a partilha de informação. Estas novas tecnologias estão cada vez mais rápidas, evoluídas e acessíveis, o que facilita a difusão e a credibilização da dita informação, visto que esta é, por vezes, disseminada por fontes aparentemente confiáveis cuja fiabilidade não é (sempre) controlada.
O consumo de notícias nas redes sociais é bastante comum nos dias de hoje, sendo de baixo custo, fácil acesso e rápida disseminação. No entanto, a qualidade destas notícias é consideravelmente baixa comparando aos tradicionais meios de comunicação, como a imprensa escrita, o que resulta numa grande quantidade de notícias falsas. Detetar estas fake news torna-se bastante importante e tem atraído cada vez mais atenção devido aos efeitos prejudiciais sobre os indivíduos e sociedade.
Para combater a desinformação e as fake news, a União Europeia criou o “Roadmap: Fake news and online disinformation”, um programa de caráter voluntário, ao qual diversas empresas tecnológicas se comprometeram, tais como a Google, o Facebook, a Microsoft, entre outras. Embora existam alguns pontos negativos em alguns relatórios, principalmente pela “falta de cooperação estruturada entre plataformas e a comunidade de investigação”, o programa conseguiu aumentar a responsabilização das empresas e, consequentemente, combater as fake news e a desinformação, sendo este o seu principal objetivo.
Nos últimos tempos, o mundo inteiro tem vindo a passar por uma grande crise - a pandemia Covid-19 - e com ela têm-se desenvolvido vários casos de fake news, que impedem a erradicação do vírus, contribuindo mesmo para uma maior propagação. Temos assim uma prova do quão prejudicial pode ser a desinformação; por isso, contribuímos com algumas medidas que consideramos pertinentes na luta contra as fake news.
Medidas Propostas
- Aplicação do “Media Literacy Education” em voga na Finlândia (país mais resistente da Europa a fake news) no sistema de ensino português, incluindo sensibilizações sobre desinformação no programa curricular das disciplinas.
- Realização de pequenos vídeos a expor nas redes sociais, curtas reportagens (em horário nobre nacional) e rubricas semanais a demonstrar o impacto que as fake news podem ter na vida de um indivíduo.
- Subsídio de acesso às plataformas credíveis de leitura de notícias e projetos anti-fake news (como “Polígrafo SIC”), tornando-as mais acessíveis