PROJETO DE RECOMENDAÇÃO DA ESCOLA


Agrupamento de Escolas Fernão de Magalhães, Chaves


Exposição de motivos
Medida 1: Ao constatarmos que grande parte dos jovens da atualidade não está informada dos perigos das fake news, não dispondo de ferramentas que os ajudem a distinguir e denunciar as mesmas, consideramos que é imperioso proporcionar a esta faixa etária, através do ensino, mecanismos que lhes permitam desenvolver determinadas capacidades. Não nos esquecendo nós de que a geração em questão irá assumir a liderança da nossa democracia num futuro próximo, parece-nos crucial o desenvolvimento das referidas capacidades, pelo que a educação dos jovens portugueses deverá passar a incluir e a valorizar estratégias que lhes permitam identificar informação falsa, de forma profícua, impedindo que esta afete gravemente a nossa democracia. Devemos, assim, investir na educação a partir de uma tenra idade e transformar as escolas em grandes centros de discussão e reflexão.
Medida 2: Considerando que os grupos sociodemográficos mais vulneráveis à acreditação de informação falsa são aqueles que representam a população com mais de 55 anos, com fortes crenças religiosas e sem escolaridade obrigatória, acreditamos que é crucial educar e sensibilizar esta faixa etária. Como o referido grupo social tem um papel crucial, ainda que de forma inconsciente, na propagação de notícias manipuladas, tal circunstância leva à consequente criação de opiniões políticas e socias baseadas em boatos. Deste modo, e tendo em conta que as fake news despertam emoções fortes no seu público alvo, a população sénior torna-se vulnerável a este fenómeno, ao que acresce o seu fraco conhecimento tecnológico e a sua pouca perspicácia no âmbito da comunicação social.
Medida 3: Tendo em conta que a desinformação é um fenómeno existente em Portugal, o qual enfraquece o estado de direito, é nosso dever evitar que qualquer ato de veicular informação falsa e enganadora se torne efetivo. Assim, a proliferação de desinformação e falsas narrativas, ação que tem vindo a crescer nos últimos anos, deve ser combatida para evitar as suas perigosas consequências.


Medidas Propostas
  1. Inclusão, nas Aprendizagens Essenciais da disciplina de TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação), de um capítulo dedicado ao Reconhecimento e Combate das Fake News, de modo a fornecer aos jovens ferramentas para a identificação e denúncia das mesmas. Esta inclusão seria dinamizada com debates nas escolas, destinados aos alunos, com a participação de peritos de mérito e idoneidade reconhecida.
  2. Realização de campanhas nacionais de esclarecimento e de palestras, de modo a sensibilizar e habilitar a população de terceira idade para o domínio de mecanismos de verificação da veracidade das notícias, diminuindo os perigos de propagação das fake news e fomentando nos cidadãos o hábito de questionar aquilo que ouvem e leem.
  3. Implementação de ações de sensibilização e de comunicação através dos mais variados suportes comunicacionais (publicidade televisiva e na rádio, painéis apelativos em caixas multibanco, outdoors, etc) e publicitação desta temática através de slogans nos meios de comunicação social.