Exposição de motivos

A justificar as ações de sensibilização, que propomos, em espaços públicos como escolas e juntas de freguesias para abordar o tema das fake news, está a necessidade de se auscultar especialistas na área, e daí que o nosso convite se faça a jornalistas, professores e pessoas que legislam sobre essa temática (deputados).

Depois, propomos também a implementação de um software nas redes sociais que combata a propagação de notícias falsas através de um sistema de verificação – semelhante ao que já existe, por exemplo, no que se refere à Covid-19. Ora, o uso de uma memória “rápida”, capaz de em tempo útil fazer este trabalho de fact checking, é o que, parece-nos, pode impedir a rápida propagação de parangonas que fácil e rapidamente se pulverizam na Internet, sem que depois, havendo morosidade, se consiga garantir o acesso dos leitores ao contraditório. Trata-se, nesta circunstância, de “combater o mal pela raiz”.

A nossa última proposta, cujo propósito é inequivocamente educacional, visa o alargamento do programa da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, incluindo-se aí o tema e a sensibilização de como as notícias falsas impactam nas nossas vidas. Justifica esta medida o facto de, sendo esta uma disciplina importante à formação de um cidadão, e reportar não apenas ao saber, mas também ao saber-fazer ou às competências, por aí se poder combater a montante este flagelo. A educação, como muitas vezes se diz, pode salvar-nos da barbárie, e como a recente invasão do capitólio nos Estados Unidos da América demonstrou, a falta de conhecimento pode levar-nos à violência. “Não enfiar a cabeça na areia”, é o que subjaz a esta medida. É preciso informar. E formar. A escola cumpre essa dupla função na sua abrangente vertente “educação”.

Medidas Propostas

1. Ações de sensibilização em espaços públicos como escolas e juntas de freguesias para abordar o tema das fake news.
2. Implementação de um software nas redes sociais que combate a propagação de notícias falsas através de um sistema de verificação.
3. Alargamento do programa da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, incluindo o tema e a sensibilização de como as notícias falsas impactam nas nossas vidas.