PROJETO DE RECOMENDAÇÃO DA ESCOLA
Escola Secundária de Alcácer do Sal
Exposição de motivos
A desinformação pode levar os cidadãos e as cidadãs a tomarem decisões “erradas” ou que normalmente não tomariam, pois pode fazer com que as pessoas tomem decisões com base em informações difamatórias, falsas, o que até pode levar à deturpação de resultados de escrutínios fazendo com que os mesmos não sejam uma reflexão efetiva e real da opinião pública. Por exemplo, na esfera política, alguns partidos e os seus apoiantes utilizam, nas redes sociais, a desinformação como “arma” de forma a desvalorizar os oponentee e desvalorizar a mensagem destes. Para além disso, o uso de fake news pode adotar um caráter populista e difamatório, manipulando as mentes menos informadas e criando um perigo para a democracia, porque, e como defendia Volkoff, é usar para a “manipulação da opinião pública para fins políticos através de informação trabalhada por processos ocultos”. Uma coisa é certa, hoje, qualquer pessoa pode produzir e distribuir informação falsa, fruto do novo paradigma da comunicação que marca o fim do "velho" monopólio em que os "mass media" viveram durante mais de um século, porquanto vivemos, agora, na expressão de Manuel Castells, numa sociedade de “autocomunicação de massas” . Assim, torna-se importante problematizar ou questionar um tempo em que a informação, apesar demais abundante e omnipresente que nunca, de ser consumida numa voragem aparentemente incompatível com a profundidade e a explicação, implica cada vez mais um exercício de prudência, desconfiança e verificação.
Medidas Propostas
- A criação de programas que analisassem o que é dito em debates/post's nas redes sociais relacionados com temas políticos, de forma a esclarecer o assunto. Um bom exemplo é o segmento televisivo “Polígrafo”, mas, neste caso, isto seria dinamizado pelo governo ou em parceria com a comunicação social.
- Implementação de sanções ligadas ao que é dito pelos políticos e às informações falsas que estes espalham. Desta forma, poderíamos influenciar os mesmos a deixar de serem autores dessas informações ou, pelo menos, poderia-se tornar o processo mais difícil.
- A criação de um certificado/selo de qualidade, conseguido através de uma escala, para sites de informação que fossem considerados fontes fiáveis. Assim, quem acede poderá saber se pode confiar/acreditar no que lhe é mostrado e os meios de comunicação/redes sociais seriam influenciados a tentar ser mais credíveis nas suas informações. Isto teria subjacente a implementação de uma lei que obrigaria as notícias a identificarem as suas fontes, o que poderia ser um excelente argumento de autoridade.