Exposição de motivos

A velocidade atual com que a informação, fidedigna ou não, é veiculada através da Internet leva-nos a uma preocupação constante de tal modo que colocamos em causa a veracidade dos conteúdos. Esta situação coloca em risco o debate livre e democrático e consequentemente a estabilidade das sociedades democráticas.

Assistimos a um aumento de informação falsificada, não validada ou pouco clara/ transparente e/ com o objetivo de afastar os cidadãos do conhecimento factual da realidade. Este fenómeno assume diferentes formatos sob a forma de notícias falsas e/ou falsificadas globalmente designadas por Fake News, que podem indicar a vontade deliberada de distribuir informação falsa. Embora as notícias falsas não constituam em si mesmas uma limitação da liberdade , todos podem ser afetados! Há vários exemplos de pessoas, empresas e instituições que sofreram inúmeras consequências devido às notícias falsas. Estas podem causar um grande impacto com consequências graves na reputação de uma pessoa ou instituição, causando complicações não só económicas, mas também, pessoais e psicológicas.
Muitas vezes é difícil contornar as Fakes News, mas cabe a cada pessoa ou instituição, o poder de travar essa desinformação. Deste modo, se identificarmos uma notícia falsa, mesmo que não nos afete diretamente, é importante denunciar esse conteúdo e, assim, estaremos a ajudar a combater a disseminação da informação falsa e automaticamente a contribuir positivamente para a construção de uma democracia onde a verdade deve pautar as vivências democráticas.

O combate à desinformação é então um esforço conjunto, no qual todos podem intervir sendo nossa intenção com estas medidas alertar para esta questão bem como ajudar a minorar os seus efeitos.

Medidas Propostas

1. Consciencializar os jovens para as precauções a tomar perante uma notícia de caráter duvidoso, deve: analisar-se a origem de notícia; recorrer a fontes credíveis para legitimar a veracidade do assunto; promover a informação nos meios de comunicação quer online quer fisicamente, nomeadamente na RTP; a afixação de cartazes em escolas e espaços públicos bem como pedir a colaboração de influencers que alertem para as “fake news”.
2. Criação de um site/entidade que credibilize a informação e as suas fontes de modo a ter apenas informação fidedigna e segura.
3. Incluir a literacia mediática e política no perfil do aluno, recorrendo a palestras, à colaboração dos professores, e à participação de pessoas habilitadas nos assuntos a tratar.