PROJETO DE RECOMENDAÇÃO DA ESCOLA


Escola Básica e Secundária de Vilela, Paredes


Exposição de motivos
O conceito pode ser recente, mas a ideia já é antiga. Todos já ouvimos falar da expressão “quem conta um conto acrescenta um ponto” e é sabido que uma mentira ou uma meia verdade, rapidamente se “transformam” numa verdade. As fake news não deixam de ser isso mesmo, boatos, notícias falsas que se propagam como lava através dos mais variados meios de difusão: nas rádios, nos jornais e, maioritariamente, nas redes sociais, com o objetivo de manipular a nossa perceção sobre um determinado assunto. Os títulos apelativos e irreais despertam a curiosidade dos leitores que acabam por comprar o jornal ou por clicar no artigo e cliques são sinónimo de lucro. Pensa-se que a questão económica tenha sido o motivo inicial para o “boom” destas notícias de carácter duvidoso. Claro que, rapidamente, as fake news se tornaram mais perigosas, começaram a surgir com o intuito de divulgar uma ideia, de semear estereótipos, de manchar a imagem de pessoas, de fazer propaganda política, entre outros. Sempre ouvimos dizer que informação é poder. E neste caso a desinformação deixou de ser uma arma apenas militar, assumindo-se hoje como uma arma da era digital. A desinformação e as fake news são uma consequência inevitável de um certo anarquismo comunicacional que as redes sociais, ações de regimes totalitários e alguns casos de jornalismo com agenda política potenciam perigosamente.
Destruir reputações por meio de notícias falsas e desinformação é mais eficiente do que cultivar tolerância, construir soluções e debater honestamente. É mais prático do que procurar posições de consenso e equilíbrio político. É preciso educar formal e digitalmente, estimular o desenvolvimento de senso crítico para que as novas gerações avaliem melhor o que lhes chega sob a pele de informação. No mundo digital, de modo intencional, há pessoas ou grupos que se dedicam e lucram com a desinformação.


Medidas Propostas
  1. Organização de palestras (com a participação de políticos e jornalistas especializados no tema), campanhas e medidas de sensibilização ao longo de todo o ano, no sentido de alertar e prevenir a comunidade educativa. Estas atividades têm como grande objetivo sensibilizar o público-alvo, para o impacto das fake news, na democracia.
  2. Realização de uma megaexposição na escola, com trabalhos de pesquisa realizados pelos alunos sobre as fake news, assim como, visualização de vídeos; Quizz e Concursos sobre o tema. Com esta abordagem pretende-se que os nossos jovens reconheçam o impacto negativo destas mensagens numa sociedade com valores democráticos.
  3. A integração na disciplina de educação para a Cidadania (do básico ao secundário) sobre a importância do tema referido. Estes princípios são essenciais numa escola justa e democrática – Vamos criar o “Homem do amanhã”. Assim, podemos construir um futuro melhor e mais justo, para que a Humanidade consiga ultrapassar esta problemática tão presente nos nossos dias.
    Todos juntos podemos fazer a diferença.