Exposição de motivos

No “Parlamento de Jovens” deste ano foi-nos proposto abordar um tema muito pertinente que carece de uma grande reflexão por parte da sociedade e, particularmente, por nós jovens, agentes de mudança: as Fake News. Este termo é utilizado para definir a informação falsa, deliberadamente criada, que é transmitida, principalmente, pela internet, com o intuito de atingir objetivos, sejam eles baseados em interesses próprios, políticos comerciais ou outros. Estas pretendem, acima de tudo, manipular a opinião de um determinado público, recorrendo às emoções que podem provocar nas pessoas e que servem de veículo para a transmissão: a raiva, a tristeza, a angústia, o escândalo…
Este fenómeno é cada vez mais recorrente devido a vários fatores, incluindo o desconhecimento e a propagação da desinformação. As fake news assumem vários formatos e estão espalhadas por toda a internet. Podem, por exemplo, assumir a forma de uma publicação ou uma notícia falsa, que coloca em ênfase um conteúdo que faz espoletar no público interesse, e que, rapidamente, se espalha com um like ou uma partilha.
Por conseguinte, a desinformação é um flagelo a combater. Neste sentido, é necessário criar medidas e mecanismos que promovam a literacia mediática e a sua disseminação, assim como a promoção da informação séria, verdadeira e responsável. As medidas deverão contemplar os vários contextos e públicos da sociedade, criando mecanismos de proteção e verificação da veracidade da informação, promovendo atitudes e ações que resultem numa sociedade mais esclarecida, responsável e consciente da importância de informar e ser informado, ao mesmo tempo que se combatem os processos rápidos da desinformação e que podem ter efeitos vários na sociedade.

Medidas Propostas

1. Promover a literacia mediática nas escolas através da inclusão da temática nos currículos de disciplinas e em áreas como a cidadania.
2. Criação do cartão digital “Jovem leitor” que permitam o acesso de estudantes com idades compreendidas entre os 14 e 18 anos a subscrições gratuitas e/ou a baixo custo de jornais generalistas.
3. Criação da figura de um provedor para o digital inserido no Centro Nacional de Cibersegurança que promova a interação e a denúncia dos cidadãos no combate às fake news.