Exposição de motivos

No mundo de hoje é cada vez mais crucial lutar contra a desinformação e as fake news. É impossível interagir democraticamente de maneira informada e ponderada ou tomar decisões necessárias ao dia-a-dia, quando os tão importantes meios de comunicação social estão inundados por falsidades e “ meias verdades”.
É necessário um conjunto de medidas eficazes que combatam a disseminação da desinformação. Acreditamos que as medidas que propomos adequam-se de forma eficiente e prática à realidade em que vivemos e são de fácil implementação.
As medidas que propomos enquadram-se na nossa estratégia de prevenção, opondo-se à punição. A prevenção foca-se em evitar que as fake news sejam criadas ou divulgadas, optando por uma via de educação de literacia crítica e mediática, não apenas específica para os jovens mas também para o resto da população. A punição é insuficiente a médio e longo prazo para responder ao problema, não o impede, não educa de facto, não muda comportamentos enraizados e portanto por si só não é resposta consistente para o problema. A quantidade de desinformação produzida todos os dias a nível global é extremamente difícil de legislar por cada país em particular. Assim, acreditamos que são as nossas medidas de prevenção que permitirão educar e construir uma cultura de cidadania democrática, impedindo os comportamentos e sistemas que fomentam a propagação de desinformação.
A nossa primeira e terceira proposta focam-se no contacto com a população em geral, por via de palestras informativas num estilo dinâmico e imparcial e por via da utilização das estruturas mediáticas já instituídas, levando o tema da desinformação diretamente ao encontro da vida quotidiana. Na primeira medida, as palestras decorrerão em contacto com a comunidade, uma vez que é esta procura por um sentimento de grupo que leva muitos a juntarem-se a movimentos propagadores de desinformação (Ghoshal, Das and Das, 2021). Esse mesmo sentimento de grupo pode ser orientado para construção positiva da procura de verdade, para a importância do esclarecimento dos factos e da formação de opiniões fundamentadas. Na terceira medida focamo-nos em como podemos usar o espaço onde há maior disseminação de desinformação, as redes sociais e a internet, para combater essa mesma desinformação (Nunziato, 2020).
A segunda medida apresenta uma solução de uma perspetiva mais abrangente, sendo que é a partir do envolvimento e interesse na vida política começando na sala de aula que se cultiva uma sociedade mais preocupada com a verdade do que com o sensacionalismo frequentemente associado às fake news (Galston, 2001). Esta medida visa recuperar a importância da educação na formação da cidadania ativa. É necessário fornecer ao jovem estudante as competências que lhe permitirão interpretar o fluxo crescente de informação, tomando assim decisões esclarecidas, autónomas e responsáveis.
Concluindo,as nossas propostas são práticas, eficazes, informadas e democráticas.

Medidas Propostas

1. Palestras sobre desinformação.
2. Aumento do financiamento para programas de educação cívica e política no secundário.
3. Utilização das redes sociais e jornalismo para combater as fake news.