Exposição de motivos

1 - A existência de notícias falsas é tanta e tão dissimulada que o recurso às aulas de cidadania para lhes dar destaque seria particularmente relevante. A variedade de temas tratados nesta disciplina não seria afetada. O que passaria a existir era um enfoque centrado em cada identificar a falsidade informativa nos temas tratados. A Cidadania poderia assumir assim um papel até mais prático e muito útil.;
2- O facto de propormos os Domínios de Avaliação Curricular para potenciar o combate às notícias falsas decorre da possibilidade de cruzar saberes eg de perceber que é nesse cruzamento que reside hoje sobretudo o mundo das fake news. Notícias com aparência de ciência são hoje as que mais claramente parecem influenciar a opinião pública. Com recurso aos meios e conteúdos que aprendemos nas áreas das ciências poderemos com maior rigor identificar as notícias falsas;
3- A criação de um grupo de combate às fake news (constituído por docentes e alunos) com elaboração de um quadro mensal - a divulgar nas redes de comunicação da escola e da associação de estudantes – com exemplos de notícias falsas, procurando ser o mais actual possível seria uma forma prática de operacionalizar o combate às notícias falsas. Uma prática complementar deste grupo seria a criação de uma rádio escolar. Aprendendo a fazer uma notícia, aprender-se-ia a ética da informação e a combater a desinformação.

Medidas Propostas

1. A identificação de notícias falsas deve cada vez mais ser objecto de estudo e divulgação recorrendo para isso a um substancial aumento dos meios e tempo desse conhecimento nas aulas de cidadania.
2. As notícias falsas devem ser denunciadas, mas esse trabalho deve começar por dar mais relevo à leitura de jornais, de revistas, à visualização dos meios de divulgação por imagem de informação e à audição de notícias. Só o maior contacto com os meios de divulgação noticiosa áudio visual, em por exemplo, Domínios de Avaliação Curricular poderá permitir uma maior consciência do que significa uma notícia falsa.
3. Criação de um grupo de especialistas para o combate às fake news (constituído por docentes e alunos) que elaborará um quadro mensal - a divulgar nas redes de comunicação da escola e da associação de estudantes – com exemplos de notícias falsas, procurando ser o mais atual possível.