Exposição de motivos

Ler uma notícia não significa apenas ler o título e as primeiras linhas. Um dos grandes erros ao partilhar uma notícia é esta não ser lida na íntegra, já que se pode identificar uma “fake news” através de pequenos detalhes. As estatísticas apontam para que em cada oito notícias compartilhadas, seis não são lidas na íntegra. Este facto é deveras impressionante e preocupante pois com uma simples leitura completa de um determinado artigo, diminuiria drasticamente a percentagem das notícias falsas.
Cada vez mais, as pessoas têm tendência a procurar informação em sites online ou em aplicativos de empresas jornalísticas, no entanto, estas nem sempre passam a notícia de forma correta, podendo até publicar notícias falsas. Por isso, achamos que um site gerido pelo governo, onde apenas as notícias já verificadas poderiam ser colocadas, dariam segurança aos seus utilizadores como fonte de informação credível. O seu acesso seria feito através de um “QR code” como passamos a utilizar com o Covid19, dando total confiança ao seu utilizador. Mais de metade da população tem acesso à internet, o que proporciona às pessoas uma variedade de fontes de informação, porém isso coloca um problema: que é a passagem incorreta de informação. Com o Covid19 tornou-se popular usar “QR code” como por exemplo nos cardápios dos restaurantes, na indicação de sites que, muitas vezes, as pessoas leem apenas pela curiosidade. Poderíamos usar essa “fragilidade” das pessoas para mostrar os perigos das “fake news” e como não as espalhar. Poder-se-ia divulgar o site com o “QR code”, colocando-os em pontos estratégicos para que as pessoas pudessem aceder facilmente no seu telemóvel.
Com a identificação obrigatória do jornalista ou da empresa jornalística, a possibilidade de encontrar o autor da notícia aumenta exponencialmente. Seria também uma forma de os responsabilizar antes de publicar algo que não seja verdade. Se fosse obrigatória a colocação da identificação nas notícias, o nome do site para podermos concluir se é ou não fiável. A colocação da data também é importante para perceber se a notícia é antiga ou não e se está fora do contexto. Ver se a notícia tem erros ortográficos parece ser algo muito simples, mas pode ser algo muito decisivo no combate às “fake news”. Um jornalista estuda durante anos e a probabilidade de ter verbos mal conjugados e erros ortográficos é muito mais pequena. Com tantas notícias a circular, uma monitorização de todas seria muito difícil, contudo se os leitores prestarem atenção a pequenos detalhes, como a escrita e a identificação, muito provavelmente seria muito mais fácil identificar uma notícia falsa.

Medidas Propostas

1. Ler sempre a notícia na íntegra antes de compartilhar por exemplo nas redes sociais para evitar a divulgação de falsidades.
2. Criação por parte do governo de um site, no qual existiam apenas notícias já verificadas e onde a forma de aceder seria através de “QR code”.
3. Obrigatoriedade de todas as notícias conterem o nome do autor, a data e outros registos e sem erros ortográficos.