Exposição de motivos

A desinformação consiste num processo de difusão deliberada, ou não, de notícias, total ou parcialmente, falsas, através dos meios de comunicação tradicionais: jornais, televisão, rádio, ou digitais, em que as redes sociais, ao abrigo de uma suposta anonimidade, têm vindo a assumir um papel fundamental na expansão e eficácia deste fenómeno.
Assim, a par do desenvolvimento tecnológico que facilitando a difusão da informação, tornando-a acessível a um crescente número de cidadãos em todo o mundo, concedendo-lhe um caráter globalizante, por outro lado, tem-se refletido igualmente na disseminação da desinformação, acelerando um processo que, para além das suas motivações originais, têm como consequências, entre outras, minar o sentido ético da informação e, por sua vez, a confiança dos cidadãos nas instituições sociais, científicas e políticas ou beneficiar pessoas ou grupos específicos.
Este fenómeno adquire maior potencial, se entendermos que vivemos num mundo de consumo fácil em todas as suas dimensões, em que grande parte do público consumidor, a quem se destinam as notícias falsas, não dispõe de ferramentas que lhe possibilitem uma seleção criteriosa das fontes, nem uma análise crítica da enorme quantidade de informação que têm ao seu dispor.
Neste sentido, e respondendo ao desafio lançado pelo projeto Parlamento dos Jovens, em seguida, apresentamos as medidas com as quais pretendemos combater ou minimizar os impactes da desinformação.

Medidas Propostas

1. Regulação da Informação a nível governamental ou dos próprios média. Fazer com que as aplicações de redes sociais mais utilizadas, como o Instagram ou o Facebook, alertassem o utilizador caso este tentasse partilhas uma publicação que aparenta ser uma notícia, especialmente as de interesse comunitário. Este alerta deveria ser acompanhado com uma mensagem do tipo "Esta publicação parece ser uma notícia delicada, sugerimos que esteja informado sobre este artigo antes de partilhá-lo".
2. Formação da população a nível das instituições educativas. Formar a população para verificarem onde buscam as informações, verificar a credibilidade das fontes e se as imagens estão sendo usadas no devido contexto correto (para formar a população podem-se implementar palestras, sites informativos sobre a procura factual e credível da informação).
3. Regulação da Informação /Formação da população. Desenvolvimento de programas de moderação de publicações nas redes socias, com especial atenção assuntos com carácter sério e de interesse comunitário. Como por exemplo: política, economia, educação e segurança social, entre outros.