Exposição de motivos

Desde sempre na era dos homens, mas com particular extensão na sociedade atual, falsificar um acontecimento de forma voluntária e aproveitadora e/ou involuntária é ato corrente, presente nos nossos gestos quotidianos refletidos e/ou irrefletidos e no meio ambiente em que nos movemos. A desinformação pode ser encontrada no domínio institucional, público ou no domínio privado, podendo causar grandes danos pessoais, interpessoais, danos sociais, políticos, económicos, ...
Propaganda, clickbait, militância, desinformação, sátira, publicidade patrocinada, conspiração, rumores, falsos testemunhos,... são alguns tipos de Fake News a que somos confrontados sobretudo nas redes sociais.
Informar e detetar a informação falsa é tarefa difícil, mas torna-se importante fazê-lo. Como tal, o cidadão, independentemente da sua idade, deverá ser protegido e, ao mesmo tempo, a sociedade tem o dever de o tornar capaz de saber de que forma poderá detetar a informação que não tem fundamento verídico ou foi deturpada da fonte inicial.
Muitas medidas já foram tomadas no domínio da informação como da proteção de dados nas plataformas digitais. No entanto, é necessário continuar o combate: criar sistemas novos e eficazes que, a partir de dados tidos como verdadeiros, confronte outros textos mencionando com logo se são de fonte segura. É tarefa primordial continuar a informar , sobretudo no meio escolar, suscitando o espírito crítico e atento de quem lê, ouve ou vê os textos que lhe são apresentos em dispositivos diversos, nomeadamente os dispositivos digitais. É necessário ainda reprimir os que voluntariamente contribuem para a desinformação ou a má informação, criando-se o direito de serem banidos pelos seus pares, temporaria ou definitivamente dos sitemas que utilizam, dando a conhecer a ou as fake news que difundiram. Estas são as recomendações por nós consideradas importantes por nos tornar mais responsáveis e poderem contribuir para um ambiente digital menos poluidor.

Medidas Propostas

1. Dirigida ao domínio público : criação de algoritmo para cruzar informações, detetando o conteúdo desviado relativo à fonte/ fontes originais antes de um texto ser publicado nas redes sociais. Este algoritmo analisaria os grupos de palavras utilizadas no texto a ser publicado, confrontando-o com outros textos do mesmo teor, verificaria se as informações já tinham sido dadas na Internet, tendo por referência sites de fonte fiável. O documento publicado, após verificado o conteúdo, teria a menção #News.
2. Dirigida ao domínio institucional, escolar: poderia haver um interveniente especializado que passasse, de forma assídua, pelas turmas com exercícios de documentos vários, apresentando informações falsas de domínios diversos. O objetivo seria levar o aluno a aprender a ler, analisar, confrontar dados, levando-o a ter o reflexo de verificar a veracidade da informação.
3. Dirigida ao domínio privado : criação de condições de utilização. Uma vez a aplicação carregada, uma pequena mensagem iria explicar o funcionamento : se um utilizador postar um facto falso, os utilizadores que a recebam poderão assinalá-lo como indesejado, sendo suprimida. O expeditário da mensagem seria banido temporariamente do sistema.