Exposição de motivos

Porque acreditamos que as sociedades mais desenvolvidas, produtivas e felizes, são as que apostam numa educação de qualidade para as suas crianças e jovens, defendemos que é imperioso apostar na literacia/ formação integral, onde o desenvolvimento de competências para o exercício de uma cidadania digital assuma lugar de destaque, pois a melhor forma de fazer face a qualquer problemática social é através da educação.
Porque a realidade nos mostra que o cidadão procura informação maioritariamente através das redes sociais, porque são de fácil acesso e gratuitas, é fundamental criar condições que filtrem a informação confiável e fidedigna, acessível a todos, sinalizando a informação perniciosa e desviante da verdade- as fake news, muitas das vezes postadas nas redes sociais.
Assim, propomos a criação de um site que remeta para pesquisas em áreas temáticas relevantes para o quotidiano dos cidadãos, como é o caso da EDUCAÇÃO- SAÚDE- AMBIENTE- JUSTIÇA- POLÍTICA- OUTRAS.
Estes sites seriam geridos e permanentemente atualizados por equipas profissionais e pluridisciplinares de reconhecido valor no meio académico. Nestes sites publicar-se-iam notícias, informações importantes e alertas vermelhos sobre algumas Fake News.
Igualmente acreditamos que a promoção da literacia e capacitação do cidadão na área do digital e das redes sociais, a par do desenvolvimento do espírito crítico e das competências sociais e digitais, poderão ser ferramentas educativas que esvaziem o empoderamento das Fake News, por falta de seguidores.
Para sustentar o atrás referido, surge a segunda medida que preconiza a inclusão do tema Fake News nas orientações da área curricular Cidadania e Desenvolvimento, com indicação expressa da exploração de sites fidedignos, como ferramenta de apoio pedagógico, contribuindo para o desenvolvimento das competências previstas no Perfil do Aluno à Saída da Escolaridade Obrigatória.
O problema das fake news não tem cor, idioma ou fronteiras. É transversal a todas as sociedades pelo que exige a mobilização e adoção de medidas concertadas entre países, designadamente membros da Comunidade Europeia.
Desafiamos os políticos a definirem medidas fora da caixa, que apostem e invistam na inovação tecnológica capaz de criar mecanismos digitais ao serviço dos usuários, visando a identificação de focos/ninhos de Fake News. Assim, propomos a criação de extensões nos navegadores, as quais permitiriam, automaticamente, sinalizar e reportar falsas notícias, para que as entidades jurídicas analisassem a situação e deliberar sobre a respetiva autuação, tendo efeito dissuasor sobre estas tendências malfeitoras.

Medidas Propostas

1. Criação de site remissivo para áreas temáticas-EDUCAÇÃO-SAÚDE-AMBIENTE-JUSTIÇA-POLÍTICA- OUTRAS, gerido e atualizado por equipas profissionais/pluridisciplinares, onde se publicam notícias importantes e alertas sobre Fake News.
2. Inclusão da obrigatoriedade do tema Fake News nas orientações da área curricular Cidadania e Desenvolvimento, com indicação de sites de reconhecido valor, como ferramenta de apoio pedagógico.
3. Criação de extensões nos navegadores, que sinalizem e reportem Fake News para os departamentos jurídicos das autoridades competentes que deliberam sobre a autuação.